Hugo Motta cobra suspensão imediata de novas regras do IOF sobre risco sacado

  • 31/05/2025
(Foto: Reprodução)
Risco sacado é uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. Medida passa a valer neste domingo. Motta diz que governo faz gambiarras e clima é por derrubada de decreto de Lula sobre IOF O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) pediu à equipe econômica do governo a suspensão imediata da incidência do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre as operações de risco sacado. Na noite de quarta-feira (28), Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e deram um prazo de dez dias para o governo apresentar alternativas ao aumento do IOF. Haddad afirmou ter dito a Motta e a Alcolumbre que a manutenção do decreto era necessária para manter o funcionamento da máquina pública. Com o pedido, Motta quer que o governo recue antes do final do prazo dado à equipe econômica. A medida, implementada por meio de decreto presidencial, objetiva arrecadar R$ 20,5 bilhões a mais neste ano e R$ 41 bilhões em 2026. Hugo Motta, presidente da Câmara Mateus Bonomi/Agif/Estadão Conteúdo O risco sacado é uma modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas que venderam a prazo. O decreto do governo determinou que o IOF passaria a incidir sobre a antecipação. Este ponto atinge especialmente pequenas empresas que dependem dos valores antecipados para ter capital de giro. A medida é uma alternativa para empresas que querem facilitar o pagamento aos fornecedores e também para os fornecedores que precisam de dinheiro no caixa. Lula e Haddad O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fora da agenda oficial nesta sexta-feira (30). A reunião ocorre em meio à pressão do governo para encontrar medidas que substituam o aumento IOF, que foi feito por decreto presidencial para elevar a arrecadação federal num período de dificuldade de ajuste nas contas públicas. Apesar de o governo ter recuado em parte do decreto, ainda está em vigor o aumento do IOF, por exemplo, para crédito de empresas e compra de moeda estrangeira. Haddad e a equipe dele têm dito que há espaço para discutir outras medidas para 2026 em diante. Medidas estruturais, capazes de resolver o aperto das contas públicas por um período mais longo. No entanto, para 2025, é difícil encontrar outra opção. Congresso articula reação ao decreto Parlamentares da oposição e até alguns da base se articulam para derrubar o decreto que aumentou o IOF com um Projeto de Decreto Legislativo (PDL). Até agora, já foram apresentadas 22 propostas desse tipo: 20 na Câmara e 2 no Senado. Em pelo menos 25 anos, o Congresso Nacional nunca usou um PDL para derrubar um decreto presidencial. Trata-se de um instrumento bastante raro e tido como grande derrota para o governo. A ferramenta, contudo, já foi usada algumas vezes para pressionar o próprio Executivo a recuar: em algumas situações, ou o Senado ou a Câmara aprovou a derrubada e, antes de sofrer uma derrota na Casa restante, o governo voltou atrás na medida.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/31/hugo-motta-cobra-suspensao-imediata-do-decreto-do-iof-sobre-risco-sacado.ghtml


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